O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirmou nessa quinta, dia 6, que não vê nenhuma ameaça de a ferrugem asiática prejudicar a safra de soja este ano no Brasil:

– No ano passado, tivemos uma perda em torno de US$ 3 bilhões, mas este ano as coisas estão correndo muito bem. Tecnicamente, acredito que o Brasil tenha dominado o controle da ferrugem, mas é uma praga da qual em nenhum momento podemos nos descuidar.

Rodrigues fez as afirmações ao comentar reportagem do jornal The New York Times dessa quinta, segundo a qual a produção de soja no Brasil deverá ter uma expansão menor este ano. De acordo com o jornal norte-americano, o fim da euforia na ampliação da área de soja seria motivado pela queda de quase 30% nos preços internacionais do produto e também por causa da ferrugem asiática.

– A emergência da doença, que pode destruir até 80% da plantação se não for tratada, tem aumentado os custos de produção significativamente, em uma época de lucros estreitos por causa da queda dos preços. Como resultado, a enorme expansão observada na indústria de soja brasileira, que é responsável por quase metade das exportações de produtos agrícolas do país, está começando a cair. Segundo analistas, é improvável que supere os EUA em produção na próxima safra – diz a reportagem.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja. O ministro garantiu que a doença já é controlada por defensivos agrícolas e está no país desde 2000.

– A ferrugem é nova, na verdade, nos Estados Unidos – esclareceu Rodrigues. Os primeiros casos foram encontrados no final de 2004.

Os produtores americanos estão atualmente buscando formas de controle para que a doença não provoque perdas na próxima safra, que será plantada em julho.

Segundo a Embrapa, nesta safra já foram registrados casos de ferrugem asiática na soja em 128 municípios de nove Estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Maranhão, além do Distrito Federal.

As informações são do jornal Zero Hora.