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Norte do Rio Grande do Sul já sente impacto da estiagem

Falta de água ameaça quebra nas lavouras de milho, feijão e soja

O município gaúcho de Floriano Peixoto, na região norte do Rio Grande do Sul, decretou situação de emergência devido à estiagem nesta quarta, dia 29. As perdas nas lavouras de milho e feijão ultrapassam 50%. Segundo a prefeitura, há falta de água para a pecuária e consumo humano na zona rural. Pelo menos outros três municípios da região do Alto Uruguai devem notificar a Defesa Civil até o fim da semana.

Em algumas regiões, já há comprometimento de até 40% nas lavouras de milho. Culturas como a soja, o arroz e o feijão também estão ameaçadas caso não chova regularmente nos próximos dois meses. O temor dos produtores é de que se repita o quadro do último verão, quando a estiagem de quase três meses causou prejuízo superior a R$ 2 bilhões e levou mais de 170 municípios gaúchos a decretarem situação de emergência.

A estimativa inicial dos produtores e das cooperativas é de que fossem colhidas 1,1 milhão de toneladas de milho na região. Com uma quebra já constatada de 15%, a colheita terá pelo menos 100 mil toneladas a menos.

A estiagem que atingiu o feijão em sua fase de floração e formação das vagens causou um prejuízo de 30%. Como a colheita deve ser encerrada na próxima semana, esse percentual não deve aumentar.

O presidente do Sindicato Rural de Santana do Livramento, César Maciel, revela que produtores de soja da Fronteira Oeste também estão angustiados com um possível prolongamento da estiagem, pois o crescimento das plantas pode ser seriamente afetado. Conforme o presidente do Sindicato Rural de Bagé, Paulo Ricardo de Souza Dias, Bagé, Aceguá e Hulha Negra estão com boas pastagens, mas já há prejuízos de técnicas como a inseminação artificial.

Com informações da Rádio Gaúcha e Zero Hora.

 
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