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Famílias do mundo inteiro que têm parentes vivendo ou passeando nos países atingidos por um maremoto neste domingo, dia 26, buscam ansiosas por notícias sobre sobreviventes. Uma tsunami (série de ondas gigantes) atingiu praias e bares dos centros turísticos mais populares da Ásia, matando milhares de pessoas e isolando muitas outras.
Há pouca informação sobre o destino dos estrangeiros pegos pelas paredes de água que correram pelo Oceano Índico e bateram em áreas costeiras da Tailândia, Sri Lanka, Malásia, Índia e Maldivas.
Imagens na televisão mostraram pessoas aterrorizadas se refugiando em telhados, enquanto carros e outros destroços eram levados pela força da água pelas ruas. Turistas feridos, muitos vestindo apenas roupa de banho, foram levados para helicópteros de resgate em macas improvisadas.
Os telefonemas de parentes do mundo inteiro lotaram linhas de emergência estabelecidas por ministérios estrangeiros e operadores de turismo. As comunicações foram prejudicadas por linhas de telefones danificadas.
Autoridades tailandesas disseram que ainda não sabem quantas das 392 vítimas já registradas na praia de Phuket são turistas, mas uma autoridade de saúde disse que 80% são estrangeiros. Agentes de viagem britânicos disseram que vôos fretados que levariam turistas para as áreas devastadas vão partir vazios para resgatar sobreviventes.
No Japão, agências do governo e organizações emitiram números diferentes sobre cidadãos desaparecidos. O Ministério do Exterior disse que estava verificando a localização de cerca de 40 japoneses desaparecidos na região, incluindo um diplomata na Tailândia e seu filho. Uma agência de turismo da Coréia do Sul disse que nove pessoas enviadas pra Koh Phi Phi, ilha no sul da Tailândia, estão desaparecidas.
A tsunami matou pelo menos dois cidadãos norte-americanos no Sri Lanka e um na Tailândia, conforme informação do porta-voz do Departamento de Estado, Noel Clay. O representante do ministério do Exterior da Bélgica, Francois Dumont, disse que dois belgas morreram em Phuket e 17 estão desaparecidos.
Dois dinamarqueses, dois suecos, um neozelandês e um turista de Taiwam também já foram identificados entre as vítimas. Seis australianos estão desaparecidos, e o embaixador britânico na Tailândia, David Fall, informou que pelo menos um cidadão inglês morreu durante o maremoto. O ministro do Exterior da Itália, Gianfranco Fini, revelou que diversos turistas italianos estão desaparecidos e alguns ficaram feridos.
O secretário do Exterior da Grã-Bretanha, Jack Straw, pediu a diplomatas que façam tudo o que podem para minimizar as perdas provocadas pelas ondas gigantes. O Japão mandou uma equipe médica de emergência e equipamento para Sri Lanka, e a França anunciou que fará o mesmo. Ministérios do Exterior de diversos países enviaram diplomatas a Phuket para ajudar os turistas.
A diplomata brasileira Lys Amayo de Benedek D'Avola e seu filho morreram vítimas das ondas gigantes que varreram o sudoeste da Ásia. Ela trabalhava como conselheira na embaixada brasileira na Tailândia e passava as férias com a a família no complexo turístico de Phuket quando foi atingida e levada pelas águas. Os corpos já foram encontrados. O marido, que estava com os dois, está ferido e foi hospitalizado, informou a embaixada brasileira.
As informações são da agência Reuters.
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