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Turistas contam detalhes da tragédia na Ásia

Sueco sobrevive à onda gigante agarrado a pilar de hotel

Com água até o peito, o sueco Boree Carlsson agarrou-se desesperado a um pilar no lobby do hotel quando a onda gigante atingiu a ilha de Phuket, na Tailândia, neste domingo, dia 26.

– Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo diante dos meus olhos – disse Carlsson, de 45 anos, que correu para um hotel quando as ondas chegaram à praia de Patong.

A onda gigante inundou o lobby em questão de segundos e arrastou a mobília para a rua.

– Eu estava lá e um carro veio boiando para dentro do lobby e capotou porque a corrente era muito forte – disse Carlsson, que trabalha em outro hotel na praia. – A água chegou à altura do meu peito e eu segurei meu amigo pela mão, porque ele não sabe nadar.

As ondas gigantes provocadas por um terremoto sob o Oceano Índico arrastaram carros como se fossem brinquedos e inundaram hotéis de luxo em Phuket, centro turístico no sul da Tailândia. Pelo menos 120 pessoas morreram.

Entre as áreas mais atingidas estão as principais praias da região: Patong, Karon e Laguna, onde os hotéis estavam lotados de turistas ocidentais e asiáticos no auge da temporada de fim de ano.

Minutos depois da primeira onda, Carlsson disse que ouviu pessoas gritando que a praia tinha desaparecido.

– Quando cheguei perto da praia ouvi mais gritos e de repente vi uma onda enorme, mais alta que as palmeiras, vindo em nossa direção. Foi inacreditável.

Na ilha de Phi Phi, a cerca de 40 quilômetros de Phuket, o belga Christian Patauraux disse que viu muitos mortos e feridos depois que ondas gigantes "arrasaram" a ilha famosa pelo filme A Praia, estrelado por Leonardo DiCaprio em 2000.

– Eu estou bem. Há muitos mortos em todas as partes. Não posso telefonar porque a rede está saturada – disse o turista em mensagem de texto para sua namorada em Cingapura.

A televisão ITV, da Tailândia, disse que turistas de um hotel de cinco estrelas em Phi Phi tiveram que subir para o telhado para escapar da água. O canal informou que helicópteros estão levando água e comida para sobreviventes nas ilhas de Similan e Surin, na costa da província de Phang Nga.

Em Phuket, Ulf Michaelson, sueco de 46 anos de idade dono do albergue Connect, na praia de Patong, disse que a comunidade está em choque.

– Todo mundo quer informação. Ninguém sabe o que está acontecendo. Não sabemos se vai acontecer de novo ou se precisamos fugir. Queremos alguma informação – disse ele. – Ouvimos rumores de que mais ondas vão chegar.

As redes de água e eletricidade ainda estão funcionando, mas ele disse que a rede de telefones celulares caiu.

As informações são da agência Reuters.

 
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