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Presidente da CPI do Banestado pretende indiciar Meirelles

Sarney diz que os trabalhos deveriam ser concluídos antes do fim do ano

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banestado, senador Antero Paes de Barros (PSDB), informou que pedirá o indiciamento do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. O motivo seria sonegação fiscal e movimentação ilegal de divisas.

Também serão acusados por estes crimes o ex-presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb e os ex-diretores Banco Central, Luiz Augusto Candiota e Beni Parnes. O ex-prefeito Paulo Maluf será indiciado por remessa ilegal de divisas, sonegação fiscal e desvio de recursos públicos.

O presidente do Senado Federal, senador José Sarney (PMDB-AP), defendeu que a CPI encerre o ano com a votação do relatório final das investigações. Sarney declarou que "seria muito bom" que a comissão concluísse nesta terça seus trabalhos e disse que a comissão foi conduzida de maneira "muito passional".

– Nós devíamos ter tido uma coisa mais racional, que ela não atingisse tanto a imagem do Congresso e também não servisse tanto às especulações. Seria bom que ela terminasse seu trabalho, acabando de uma vez por todas com essa discussão – ressaltou.

O senador explicou que, para estender os trabalhos da comissão para o próximo ano, teria que haver uma prorrogação do prazo de vigência da CPI.

– Neste momento, eu acho quase impossível que esta prorrogação seja feita – disse.

O relatório final da CPI do Banestado foi apresentado, na semana passada, depois de 18 meses de investigações. O relator pediu o indiciamento de 91 pessoas, entre elas o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. A CPI foi criada para investigar a remessa ilegal de dinheiro para o Exterior por meio de contas CC-5 no Banestado no período de 1996 a 2003.

As informações são da Agência Brasil.


 
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