Os criadores de bovinos leiteiros vieram à Expointer na tentativa de dar a volta por cima após os prejuízos com a suspensão da Expoleite em maio, devido aos focos de aftosa. Muitos animais prontos para serem comercializados na maior feira gaúcha de genética leiteira ficaram retidos nas propriedades, apesar da linha de crédito de R$ 2,5 milhões anunciada pelo Banrisul para retenção de matrizes. Somente da raça holandesa, 1,2 mil exemplares estavam inscritos para a feira, que também ocorre no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O leilão de fêmeas jovens jersey, realizado nesta quarta-feira à noite, comprovou que o mercado está carente de matrizes. Poucos exemplares não receberam lance, e o pregão rendeu R$ 27,5 mil, com 19 exemplares comercializados. Nos boxes do gado holandês os negócios também começaram antes mesmo do remate. Pelo menos 50 vendas diretas foram fechadas até esta quinta-feira. O entusiasmo para a Expointer, no entanto, pode não se traduzir em receita ou recuperação dos prejuízos da Expoleite. – O objetivo é superar o faturamento do ano passado. Mas temos consciência de que a Expointer tradicionalmente não é a melhor praça de negócios leiteiros – argumenta o presidente da Gadolando, Mário Luiz dos Santos, lembrando que esse momento, na entrada da entressafra, não é o mais ideal para a comercialização de ventres.