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A ferrugem asiática atingiu um campo de testes na região de Itaberá, em São Paulo. Pesquisadores afirmaram esta quarta, dia 15, que este é o sexto Estado brasileiro a registrar a praga na safra 2004/05.
A doença já contaminou campos de testes e comerciais no Mato Grosso, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul e Maranhão, afetando 38 cidades.
– Há outros focos aparecendo devido à condução do fungo pelo vento, e o clima é favorável para isso do sul ao norte do país, afirmou à Reuters Leo Ferreira Pires, pesquisar da Embrapa.
Pires disse que dezembro e janeiro são os meses que apresentam os maiores riscos, período de desenvolvimento da safra. Além disso, o fungo se prolifera em clima quente e úmido, e faz as plantas caírem de forma prematura, podendo reduzir os rendimentos em mais de 80 por cento.
– Mais focos devem surgir e provavelmente será pior que no ano passado, dependendo da temperatura e humidade das próximas semanas, apontou ele.
A força-tarefa da Embrapa contra a ferrugem asiática está monitorando de perto a doença, e alertando os produtores a aplicar fungicida nas lavouras para tentar conter a praga.
– Os produtores estão relutantes em pulverizar os campos antes do aparecimento da doença, pois o fungicida é muito caro – alegou Pires, indicando que muitos produtores estão descartando a aplicação preventiva, preferindo espalhar o produto apenas depois do registro da ferrugem na lavoura.
Em 2003/04, a ferrugem causou um volume estimado de 4,5 milhões de toneladas em perdas no Brasil, em uma safra de 50 milhões de toneladas.
As informações são da agência Reuters.
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