Os produtores gaúchos já estão começando a absorver a idéia da necessidade de aplicação da rastreabilidade do gado bovino – processo que acompanha a trajetória do animal do nascimento ao abate. A prova disso é o pedido de urgência de lideranças para a regulamentação e certificação do sistema. A avaliação foi feita no Fórum Agrol: Rastreabilidade Bovina - Exigência do Mercado, realizado nessa segunda-feira, na Casa RBS. Um dos temas foi a experiência do Sistema de Rastreabilidade Bovina (Sirb), projeto do portal Agrol, formado por técnicos da Farsul e da Planejar, empresa da RBS. Conforme o diretor geral da Planejar, um dos principais anseios do produtor ainda é a ausência de orientação do Ministério da Agricultura sobre o sistema. – Mas já temos um indicativo positivo do Ministério para esses projetos. É de interesse do governo que iniciativas como a nossa sejam ampliadas. O Sirb não é mais um projeto. Já é uma realidade – declarou Antunes, referindo-se à colocação do brinco do Sirb em uma fêmea da espécie devon pelo ministro Marcus Vinícius Pratini de Moraes na segunda-feira. O presidente da Farsul, Carlos Esperotto, considerou que o ambiente é favorável para a aceitação e ressaltou a importância das experiências no Rio Grande do Sul principalmente em função das exigências do mercado externo. Com a presença de doenças como aftosa a da vaca louca, o uso da rastreabilidade passou a ser obrigatório em alguns países, como é o caso do Uruguai. No Brasil, a utilização ainda é uma opção. – É importante que o produtor entenda que ele não é dono do boi e sim de uma cadeia. Se não nos organizarmos, teremos um grave impeditivo em 2002 para exportarmos para a Europa – avaliou Esperotto.