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A produção brasileira de café da safra 2005/2006, cuja colheita começa em abril do ano que vem, deve ficar entre 30,7 e 33,0 milhões de sacas (60 quilos), segundo indica a primeira estimava realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os números foram divulgados nesta sexta, dia 10, pelo secretário de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Linneu Costa Lima. Ele informou que a safra 2004/2005 fechou em 38,6 milhões de sacas, de acordo com dados consolidados da Conab.
Segundo o presidente da Conab, Luiz Carlos Guedes Pinto, a queda deve-se ao ciclo de bianualidade que a cada ano traz alternância na produção total. Também levam em conta a redução da área plantada, a erradicação de lavouras em alguns estados e a pratica de podas e recepas. No fechamento da safra 2004/2005, o café arábica, que sinaliza preços, apresenta uma diminuição de 24,6% sobre a última safra, caindo de 31,1 milhões para 23,5 milhões de sacas. Em contrapartida, o robusta teve um aumento de 26,4%, evoluindo de 7,6 milhões para 9,6 milhões de sacas.
O diretor do Departamento do Café do Mapa, Vilmondes Olegário da Silva, apresentou os números das exportações de café. Segundo ele, até o final do ano o Brasil deve exportar 26 milhões de sacas do produto, o segundo maior volume exportado da década, com uma receita de US$ 2 bilhões.
– Isso significa um incremento de US$ 500 milhões em relação à safra anterior – informou Silva.
Segundo o diretor, em 2004 houve uma recuperação do preço médio de exportação no mercado internacional. Em relação a 2003, o aumento do preço médio foi de 58,4% este ano, passando de US$ 46,23 para US$ 73,27 a saca. Para Silva, o cenário de equilíbrio entre a oferta e a demanda mundiais dará suporte à manutenção dos preços atuais. No mercado mundial, Silva afirmou que a previsão é de uma produção de 112 milhões para um consumo de 113 milhões de sacas.
O diretor também divulgou os dados consolidados dos leilões de café realizados este ano. Foram vendidas 807,1 mil sacas do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) e 553,6 mil sacas das opções, alcançando uma receita de R$ 252 milhões. Os estoques governamentais chegam a 400 mil sacas das opções e 4,366 milhões do Funcafé.
As informações são do Mapa.
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