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Embrapa prepara novas cultivares de mamona

Cultura registra crescimento no Nordeste e Cerrado

A Embrapa Algodão, localizada em Campina Grande, na Paraíba, deve colocar no mercado brasileiro nos próximos anos cinco novas variedades de mamona, com características especiais adequadas ao cultivo no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, região Norte (especialmente Roraima) e para a região Nordeste.

Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária iniciaram um programa de melhoramento genético de plantas visando desenvolver cultivares de mamona de porte anão, que podem ser colhidas de forma mecanizada em grandes áreas.

– Esse trabalho visa atender demandas específicas como a do Mato Grosso, que está incentivando o plantio de mamona tanto em áreas de assentamentos como de grandes produtores – comenta a pesquisadora Máira Milani, especialista em melhoramento vegetal.

– A grande diversidade genética observada no germoplasma de mamoneira, assim como a existência de grande número de cultivares e subespécies, gera possibilidade para a seleção a partir do material de base. A empresa dispõe de cerca de 500 acessos de mamoneira que fazem parte da coleção de base da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília – DF), os quais vêm sendo trabalhados ao longo dos últimos anos, e de onde adveio toda a variabilidade genética usada atualmente nos programas de melhoramento – acrescenta.

As pesquisas vêm sendo desenvolvidas desde 2000, mas as novas variedades só serão lançadas no mercado quando a Embrapa tiver um estoque mínimo de sementes para atender a demanda dos produtores.

– Estamos iniciando o processo de multiplicação das sementes para garantir a disponibilidade das novas variedades.

Máira e outros pesquisadores da equipe de melhoramento da Embrapa Algodão discutirão esse e outros assuntos relacionados ao cultivo de mamona durante o primeiro Congresso Brasileiro de Mamona, que começou nesta terça, dia 23, e vai até o final da semana no Centro de Convenções Raymundo Asfora, em Campina Grande (PB).

O cultivo da mamona está sendo incentivado para a produção de biodiesel, combustível feito a partir de biomassa de oleaginosas que tem menor teor poluente que o diesel derivado de petróleo e é renovável.


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