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Polícia prende cinco pessoas nas investigações sobre a Kroll

Paradeiro de sócio do banco é desconhecido

Cinco pessoas suspeitas de fazerem parte de esquema de espionagem da Kroll Associates sobre a Telecom Italia foram detidas pela Polícia Federal em São Paulo. O delegado Romero Menezes confirmou que foram presos e autuados em flagrante o presidente da Kroll no país, Eduardo Sampaio Gomide, o gerente Vander Aloisio Giordano, a investigadora Júlia Marinho Leitão da Cunha, Rodrigo de Azevedo Ventura e Ricardo Sanchez, ambos acusados de operar equipamentos de escuta.

Foram expedidos pela Justiça 16 mandados de prisão. Deste total, sete em São Paulo, seis no Rio de Janeiro, um em Ribeirão Preto, um em Brasília e um em Curitiba.

No Rio, a PF apreendeu três malotes de documentos e disquetes no escritório do Opportunity no Rio de Janeiro, após oito horas de busca. O material será submetido à perícia para descobrir se há relação entre o caso Kroll e o sócio do banco Daniel Dantas.

De acordo com o delegado da Polícia Federal do Rio, Angelo Gioia, o Banco Opportunity não está sendo investigado.

– Não diz respeito ao Banco Opportunity, diz respeito apenas à questão da Kroll e da Parmalat... e da Brasil Telecom – frisou o delegado na saída do prédio onde funciona o Opportunty, no Centro da capital carioca.

Ele disse desconhecer o paradeiro de Dantas, que sofreu também busca e apreensão em sua residência nesta quarta, e de onde foram levados três malotes com documentos.

– Ele não foi localizado, e nem havia porque. Nosso mandado é de busca e apreensão de documentos – afirmou.

Ao todo foram seis mandados de busca e apreensão realizados no Rio, na casa de Dantas e do investigador da Kroll Tiago Verdial, além de endereços comerciais.

Em São paulo, o delegado da PF Romero Menezes, reponsável pelo apoio à operação Chacal na cidade, disse acreditar que a presidente da Brasil Telecom, Carla Cico, e o sócio do Banco Opportunity Daniel Dantas sejam indiciados no inquérito.

– Quando você contrata uma empresa para determinado serviço e a recontrata depois de saber que suas atividades são ilegais, descumpre a lei – disse Menezes, referindo-se à agência de investigação privada Kroll, que é o alvo da operação batizada como Chacal.

Segundo o delegado, após oito meses de investigações e depois da busca feita em 16 locais relacionados à empresa e em residências de pessoas envolvidas, a PF já está convencida de que a Kroll incorreu em diversos crimes.

O delegado Menezes mencionou "oferta de vantagens à testemunha, divulgação de segredo, formação de quadrilha, quebra de sigilos bancário, tefônico e telemático e usurpação de função''. Durante a diligência no escritório da Kroll em São Paulo, nesta quarta, cinco pessoas foram autuadas em flagrante por formação de quadrilha e presas.

Segundo ele, as provas nos autos e "a farta documentação apreendida nos escritórios da Kroll demonstram que a empresa detinha documentos que para acessar seria necesário autorização judicial.'' O delegado informou que foi necessária requisição de um caminhão para transportar os documentos e equipamentos apreendidos na Kroll em São Paulo.

O delegado disse ainda que não tem notícia de nenhuma investigação da Kroll relacionada com figuras do governo. Em julho, reportagens informaram que entre os alvos da Kroll estaria o agora Secretário de Comunicação do governo, Luiz Gushiken.

As investigações sobre a Kroll começaram em fevereiro deste ano e o primeiro vínculo entre Kroll, Parmalat e Opportunity foi descoberto em julho, quando o cidadão português Tiago Verdial foi preso no Rio.

A prisão de Verdial ocorreu após apuração pela Polícia Federal de métodos ilegais em uma investigação envolvendo a Parmalat. Na época, no entanto, surgiram indícios de que ele estaria também envolvido em um caso de espionagem empresarial no setor de telecomunicações, relacionado à Brasil Telecom e Telecom Italia.

As informações são da agência Reuters.


 
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