| 02/08/2001 07h21min
Deve começar até esta sexta-feira o abate dos animais das 30 propriedades gaúchas que registraram focos de aftosa. A expectativa é do Secretário da Agricultura, José Hermeto Hoffmann. O cálculo inicial é de que devem ser abatidos em frigorífico 11,5 mil exemplares em seis municípios. A carne poderá ser comercializada. O Sindicato Rural de Rio Grande pretende impetrar hoje na Justiça ação cautelar que buscará assegurar o repasse antecipado das indenizações pelos animais abatidos. Mas a entidade concordou em permitir o ingresso dos técnicos da secretaria para finalizar o rastreamento nas últimas oito propriedades rurais que faltavam ser visitadas até ontem. Uma reunião entre representantes do Sindicato das Indústrias de Carnes (Sicadergs) e técnicos estaduais definiu ontem os detalhes que faltavam para o início dos abates. Os frigoríficos apresentaram a tabela de preços a ser paga por categoria de animal – terneiros, novilhos, bois, vacas prenhes – , com base no rendimento de carcaça. Segundo o diretor executivo do Sicadergs, Zilmar Moussalle, como as vísceras e os miúdos não serão aproveitados, e a costela e o dianteiro terão de ser desossados para a venda, a cotação deverá sofrer uma depreciação. A diferença entre o valor pago pelo frigorífico e o estipulado pela Comissão de Avaliação – formada por representantes dos produtores, da secretaria e do ministério da Agricultura e do Sicadergs – será bancada pelos governos federal (dois terços) e estadual (um terço). As indústrias também apresentaram aos técnicos uma relação de 45 empresas habilitadas a fazer abate, desossa e maturação. Conforme Hoffmann, o trajeto dos caminhões que levarão os animais para o abatedouro será definido hoje. Os abates devem ser simultâneos, nos seis municípios, mas não há prazo para o término. Isso porque também será feita sorologia na zona infectada (até 3 quilômetros dos focos) e, em caso positivo, o animal também terá de ser eliminado.
© 2009 clicRBS.com.br ? Todos os direitos reservados.