A segunda dose da vacina contra a aftosa já foi aplicada em 68% do rebanho gaúcho e deve ser concluída até o final da semana. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira pelo secretário da Agricultura, José Hermeto Hoffmann. Os procedimentos para o abate sanitário dos animais que tiveram contato com os foco da doença, porém, devem ser definidos nos próximos dias. A decisão de eliminar também os exemplares próximos à área focal foi anunciada na sexta-feira pela secretaria, atendendo uma exigência do Ministério da Agricultura. Segundo Hoffmann, os técnicos estaduais estão concluindo o rastreamento das propriedades rurais, para determinar o número de animais a serem abatidos. Ressaltou, no entanto, que aguarda do ministério a indicação dos critérios para essa avaliação. O chefe da Divisão de Febre Aftosa do órgão, Jamil Gomes de Souza, afirmou que a execução do trabalho de campo relativo à sanidade animal é de competência da secretaria. Disse ainda que o Código Zoossanitário Internacional prevê, em caso de foco, o sacrifício de todos os animais doentes e os chamados contatos, na área de emergência (no raio de três quilômetros do foco). A expectativa de Hoffmann é de que cumprida esta etapa, as discussões sobre a criação de corredores sanitários para a comercialização de animais e carne gaúchos seja agilizada. O ministério, entretanto, não assume essa garantia. O secretário aguarda a definição de uma reunião do Circuito Pecuário Sul, nesta semana, para discutir a questão com Santa Catarina e Paraná. Nesta segunda, a secretaria editou portaria reforçando a proibição da concentração de bovinos e as regras de trânsito para os animais já vacinados. O objetivo é evitar riscos de disseminação do vírus e surgimento de novos focos. • Tire suas dúvidas sobre a doença