A delegação da Certificadora Skal, com sede na Holanda, que realizou vistorias a propriedades e frigoríficos da Campanha e do sul do Estado, deu o aval para a instalação do processo de certificação do boi ecológico. Os técnicos da Skal, que percorreram a região nas duas últimas semanas, consideram boas as condições da carne produzida nos municípios de Aceguá, Bagé, Pelotas e Lavras do Sul. O selo de qualidade será a garantia de origem exigida pelo consumidor europeu, que prima pelos cuidados sanitários com a produção. A informação foi confirmada pelo pesquisador Júlio José Centeno da Silva, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Clima Temperado, que acompanhou a comitiva. Silva acredita que a iniciativa de produtores, indústria e governo em trazer a certificadora ao Estado contribuiu para a aprovação. Nesta segunda-feira, será criado um comitê para a implantação da certificadora. A reunião ocorre no Sindicato Rural de Bagé. Participarão dirigentes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), pecuaristas e a diretoria do Sindicato das Indústrias de Carne do Estado (Sicadergs). Depois de operacionalizado o comitê, começa a fase de esclarecimento aos pecuaristas, que deve durar até a Expointer, marcada para agosto, em Esteio. Em seguida, os técnicos da Skal devem voltar ao Estado para fiscalizar o trabalho. A partir daí, começa a fase de transição, que pode durar até dois anos. Nesse período, a indústria já deve ter identificado os produtores que vão participar e também acertado a comercialização do produto.

DIONARA DE MELO