Associações de criadores de raças e governo gaúcho vão buscar junto ao Ministério da Agricultura a solução para o impasse em torno da Expointer 2001, que ocorre de 25 de agosto a 2 de setembro, no parque Assis Brasil. As entidades condicionam a realização do evento à criação dos chamados corredores sanitários para a venda de animais aos demais Estados, hoje proibida devido à aftosa. Nesta quarta-feira, durante reunião da Comissão Permanente da Expointer, alguns produtores chegaram a propor o adiamento da feira, se não houver acordo sobre a comercialização para o resto do país. A preocupação é que a restrição prejudique os negócios. Segundo o presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais (Sindiler), Marcelo Silva, no ano passado 35% do faturamento de R$ 2,5 milhões da mostra veio das vendas fechadas para outros mercados, principalmente do Brasil Central. A proibição também pode atrapalhar a participação de expositores de outras regiões, já que, pelas regras atuais, os animais que entram no Rio Grande do Sul não podem voltar aos seus Estados de origem. As associações temem que a indefinição sobre essa questão acabe se refletindo na redução do número de animais inscritos para a feira.