| 11/06/2001 12h56min
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim, que assume nesta segunda-feira a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que as eleições de 2002 podem apresentar problemas no tempo da votação. Em 2002, quando cerca de 114 milhões de brasileiros (65% da população) forem às urnas, os eleitores terão de escolher candidatos para seis cargos – presidente, deputados estadual e federal, governador e dois senadores. De acordo com Jobim, estão sendo debatidos meios de contornar o problema no Senado e na Câmara dos Deputados. Uma das alternativas é disponibilizar mais 48 mil urnas eletrônicas. Segundo ele, o tempo estimado para um único voto é de 1min15s. Uma proposta prevê votação paralela com duas urnas em cada seção eleitoral. Assim, dois eleitores votariam simultaneamente. A segurança do equipamento foi colocada em cheque com o episódio envolvendo a violação do painel eletrônico do Senado. O ex-governador Leonel Brizola (PDT) foi um dos primeiros a levantar a questão, chegando a propor a impressão do voto, como uma espécie de comprovante. O ministro assegurou, no entanto, que para garantir a segurança da urna é preciso um trabalho transparente de fiscalização e manuseio antes, durante e depois do processo eleitoral. Conforme Jobim, a confiabilidade da máquina deverá ser comprovada por meio de testes e de um laudo, a ser fornecido pela Universidade de Campinas (Unicamp), em São Paulo. A instituição foi a mesma que comprovou a vulnerabilidade do painel eletrônico do Senado. O financiamento público para as campanhas eleitorais está descartado, pelo menos em 2002. De acordo com o ministro do STF, não haverá tempo hábil para incluir essas verbas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e no Orçamento da União, já que o prazo de votação se encerra em 30 de julho. As informações são da Rádio Gaúcha.
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