| 05/06/2001 12h55min
Cerca de 700 pequenos agricultores rurais que participam da 8ª edição do Grito do Terra começaram uma caminhada em Porto Alegre no final da manhã desta terça-feira. Os manifestantes deixaram o Parque Maurício Sirotsky, seguiram pela Avenida Perimetral e passaram pela Avenida Loureiro da Silva. O trânsito chegou a ser prejudicado. A Brigada Militar formou um cordão de isolamento para impedir invasões nos prédios do Ministério da Agricultura e da Receita Federal. Os produtores irão à Federação da Agricultura (Farsul) para protestar contra a cobrança de contribuição sindical. A BM e agentes da Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC) acompanham a manifestação. Nesta tarde, durante negociações em Brasília, farão um ato em frente ao prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), na Rua Jerônimo Coelho, no Centro. Levarão bandeiras da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado (Fetag) , vassouras para varrer a corrupção e vacinas contra a aftosa. Eles reinvindicam mais recursos para todas as linhas do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) – cerca de R$ 8 bilhões em todo o Brasil – , criação do Pronaf Habitação, crédito fundiário, implantação de políticas de saúde e educação rural e ampliação do seguro agrícola estadual. Os agricultores esperam a chegada de outros 300 manifestantes ainda hoje a Porto Alegre. Durante os três dias do Grito da Terra 2001, a expectativa da Fetag é reunir 6 mil produtores na Capital.
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