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Vinte e quatro acordos devem ser assinados durante a visita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz à China. Dez são memorandos de intenção entre os dois governos e outros 14 são entre empresas privadas. Os acordos contemplam as áreas científica e tecnológica, comercial e de serviços.
– Estamos dando um novo dinamismo à relação Brasil e China – disse o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
No caso dos governos, os acordos mais esperados são os de cooperação na recuperação da malha ferroviária brasileira e a aprovação do visto para viagens de negócios de um lado e de outro. Com relação ao setor empresarial, a Vale do Rio Doce, Telemar, Embraer, Petrobras e Varig estão entre as grandes empresas que farão negócios.
Amorim disse que o mundo reconhece a política empreendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva por um novo mapa econômico mundial. O chanceler brasileiro ressaltou, entretanto, que, ao contrário de ser um tipo de rompimento com os países desenvolvidos, essa nova geografia econômica pode beneficiar a todos.
– O que estamos fazendo não é contra ninguém, é a nosso favor. Se o Brasil crescer e a China crescer e o comércio entre ambos crescer e o comércio entre a América do Sul e a China crescer, isto só vai fazer com que o nosso mercado seja atraente para os próprios Estados Unidos – disse.
Ele lembrou que o acordo entre Mercosul e União Européia, que deve ser tratado na reunião de Guadalajara nessa semana, tende a avançar.
– Não vejo no comércio internacional uma relação de concorrência de uma coisa no lugar da outra. Uma coisa soma-se à outra. Isso é bom para todos – argumentou.
Amorim disse que os Estados Unidos são grandes demais para ficarem preocupados com o progresso da política externa brasileira, em uma alusão ao editorial de ontem do jornal Financial Times, que tratava do assunto.
Com informações da Agência Brasil
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