Os oficiais acusados de omissão no episódio da destruição do Relógio dos 500 anos começaram a prestar depoimento sobre o caso no Tribunal de Justiça Militar, em Porto Alegre. O coronel Carlos Alberto dos Santos, ex-comandante do policiamento metropolitano e atual sub-comandante geral da Brigada Militar, foi o primeiro a prestar depoimento. O coronel Santos disse à Justiça que quando chegou no Parque da Harmonia no dia 22 de abril do ano passado, estava tudo calmo. Segundo ele, a operação estava sendo comandada pelos oficiais do regimento, e que estava presente no local apenas como observador. Mas Santos confirmou que acabou coordenando a operação e afirmou que suas ordens foram tecnicamente perfeitas. Porém, admitiu durante o depoimento que recebeu orientações do governo, através de assessores da secretaria de Segurança Pública, para retirar as tropas e evitar o confronto entre os manifestantes e a BM. Ainda faltam ser ouvidos pela Justiça outros dois oficiais denunciados pelo Ministério Público que estão envolvidos no caso.