| 23/05/2001 08h48min
O juiz Luís Francisco Franco, da 1ª Vara Cível de Alegrete, determinou nessa terça-feira a suspensão provisória do sacrifício de 176 bovinos com aftosa do Recanto do Menino Deus. A decisão atendeu à medida cautelar solicitada pela advogada Cláudia Masson Campos, também produtora rural e vizinha da propriedade infectada. Segundo Claúdia, o produtor Flávio Prates Duarte a procurou apreensivo porque estava sendo praticamente forçado a autorizar o sacrifício de seus animais, sem ter garantias de pagamento. No seu despacho, o juiz acatou os argumentos de Cláudia e deu prazo de 24 horas para que o governo estadual informe se houve avaliação dos animais, especificando o valor e como será o pagamento. A Secretaria da Agricultura informou que o assunto foi encaminhado à Procuradoria Geral do Estado. A apreensão dos criadores que tiveram ou terão animais sacrificados por causa da aftosa se justifica. Até essa terça-feira, existia apenas a promessa de indenização por conta do Fundo de Erradicação da Febre Aftosa (Fefa), que contaria com R$ 160 mil, permitindo o ressarcimento de somente 364 animais ao valor médio de R$ 450. Já foram abatidos no Estado 454 exemplares, alguns tatuados e com maior valorização. Neste momento, faltaria dinheiro em caixa. O problema maior: o reforço de R$ 5 milhões, anunciado pelo Ministério da Agricultura na quarta-feira passada, ainda não chegou. Assessores do órgão afirmam que só haverá repasse quando a verba do fundo gaúcho for esgotada.
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