| 19/05/2001 14h38min
A auditoria realizada por técnicos da Unicamp que comprovou a violação do painel eletrônico do Senado coloca na linha de fogo um equipamento com funcionamento aparentemente semelhante ao utilizado pelos parlamentares em plenário: a urna eletrônica. Desde 1996, quando foi implantado no país em substituição ao voto manual, o equipamento tem açambarcado uma legião de críticos que coloca em dúvida a segurança do sistema contra possíveis violações. Um site na Internet (www.votoseguro.org.br) foi criado para que os opositores ao voto eletrônico pudessem trocar informações e acabou dando origem a dezenas de outras páginas eletrônicas do gênero. O Congresso também se mobiliza para investigar o sistema por meio de subcomissões criadas na Câmara dos Deputados e no Senado. O recente escândalo do Senado trouxe de volta questionamentos como o do engenheiro especialista em segurança de dados Amilcar Brunazo Filho, radicado em Santos (SP), criador do site "votoseguro". Para ele, a urna está muito mais vulnerável a violações internas, como a ocorrida no Senado, do que externas, por hackers ou curiosos. Para o engenheiro, há dois grandes problemas no sistema: a impossibilidade de o eleitor conferir se o voto que apareceu na tela foi realmente confirmado e a falta de acesso dos partidos políticos ao programa. Depois do episódio do painel eletrônico, a pressão sobre a Justiça Eleitoral aumentou e duas subcomissões foram criadas no Congresso para investigar a segurança da urna eletrônica.
RODIMAR OLIVEIRA© 2009 clicRBS.com.br ? Todos os direitos reservados.