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O inesperado superávit primário de US$ 10,282 bilhões registrado em março foi o principal destaque na manhã desta sexta, dia 23, para o mercado financeiro. A notícia de que o governo conseguiu fazer a maior economia da História trouxe otimismo aos mercados, que minimizaram os novos sinais de alta de juros nos Estados Unidos. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou a manhã em alta de 1,11% e o dólar caiu 0,58%, cotado a R$ 2,910 na compra e R$ 2,911 na venda.
Em média, os bancos previam que a diferença entre receitas e despesas do governo em março ficasse positiva em no máximo R$ 8,5 bilhões. A surpresa foi bem recebida, principalmente porque contraria as recentes críticas de bancos de investimentos à fragilidade fiscal do país. Com o resultado de março, o superávit primário no primeiro trimestre do ano chega a R$ 20,5 bilhões, bem acima dos US$ 14,5 bilhões da meta firmada junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Nem mesmo a nova alta dos juros dos títulos americanos foi suficiente para conter a alta da Bovespa, que mantém um volume de negócios considerado razoável diante do feriado no Rio de Janeiro (em homenagem a São Jorge). Às 13 horas, a bolsa havia movimentado R$ 373,9 milhões, projetando cerca de R$ 900 milhões para o final do dia.
O mercado de câmbio tem uma sessão de negócios bastante fraca, por conta do feriado no Rio de Janeiro. Mesmo assim, a notícia do superávit foi suficiente para impor uma nova queda à cotação, além de conter as perdas dos títulos da dívida externa. O C-Bond, principal deles, tem baixa de 0,06%, cotado a 93,62% do seu valor de face. O risco-país cai 1,15%, aos 599 pontos-base.
Com informações da Globo Online.
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