| 30/03/2004 11h31min
O ministro Antonio Palocci explica na manhã desta terça, dia 30, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado as medidas econômicas adotadas pelo governo federal. Na exposição, Palocci disse que o governo optou por reduzir o nível de gastos em vez de aumentar os tributos para equilibrar as finanças.
– Nos parece hoje que não era sustentável que houvesse uma nova elevação da carga tributária brasileira. Optamos por fazer o que era mais difícil no curto prazo – afirmou.
Além de mencionar o cumprimento de metas de inflação e dos pagamentos da dívida, o ministro reafirmou a importância das reformas aprovadas pelo governo. Ele ressaltou que a política fiscal se baseou em metas de longo prazo. O ministro lembrou que houve queda da dívida que vencia em 12 meses e também da dívida cambial interna, fator importante para enfrentar cenários de dificuldade.
Na apresentação, Palocci reiterou que o Brasil tem conseguido baixar a Selic, apesar de não estar no patamar ideal. O ministro salientou que a atual taxa é a mais baixa desde o início do plano real. O declínio gradual demonstra, segundo ele, esforço do governo para realizar uma queda sustentável. Após enfrentar o aumento da inflação e a taxa de juros alta, o objetivo da equipe econômica é criar condições de fazer o país crescer sem inflação.
Sobre o Produto Interno Bruto (PIB), o ministro declarou que governo trabalha para aumentá-lo e dar condições para que o país cresça não só em 2004, mas também ao longo dos próximos anos. O investimento em pequenos negócios e a modernização das empresas estão entre as prioridades citadas pelo ministro.
O impulso nas exportações brasileiras, especialmente no agronegócio, foi citado por Palocci como reflexo da absorção pelos empresários dos ajustes macroeconômicos, que resultaram em equilíbrio cambial.
Na audiência pública, Palocci vai discutir também o acordo do Brasil com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Na sexta, o Fundo anunciou a aprovação da primeira revisão do acerto fechado no ano passado. Foram liberados US$ 1,34 bilhão, de um total de US$ 14,8 bilhões previstos. O governo brasileiro, porém, anunciou que não pretende sacar os recursos. No total, estão disponíveis ao Brasil US$ 9,6 bilhões.
Na última quinta, dia 25, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, esteve no Senado e recebeu cobranças. Meirelles disse, no entanto, que a retomada da atividade econômica será melhor sentida a partir de julho.
Com informações da Globo Online.
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