A reunião do governador gaúcho, Olívio Dutra, com o ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, promovida para discutir a volta da vacinação anti-aftosa no território gaúcho – encerrada às 19h15min desta terça-feira – decidiu pela proposta mais simpática aos olhos do governo catarinense. Ficou determinada a criação de uma zona tampão no Rio Grande que vai englobar os municípios passíveis de contaminação, localizados próximos às fronteiras com a Argentina e o Uruguai. A imunização será retomada somente nestas cidades, que passam a formar uma área isolada. Desta forma, será mantido o status de área livre de vacinação ao resto do Circuito Pecuário Sul. O secretário da Agricultura de Santa Catarina, Odacir Zonta, afirmou que o governo catarinense estava a par e apoiava todas alternativas apresentadas em Porto Alegre pelo ministério, sendo a mais interessante esta que trata da criação da zona tampão, desde que o título de área livre de vacinação seja mesmo preservado. O secretário disse ainda que, caso a situação se complique no Estado, o mesmo recurso poderá ser adotado em Santa Catarina. O governo do Rio Grande não ficou muito satisfeito com o resultado da reunião, já que defendia a volta da imunização em todo o Estado. Se isto acontecesse, a divisa entre os dois Estados seria bloqueada e Circuito Pecuário Sul, dividido, garantiu Odacir Zonta. Outra alternativa também apresentada na Capital riograndense propunha a distribuição de vacinas anti-aftosa aos dois países contaminados. Ainda nesta semana, autoridades nacionais e locais, técnicos e produtores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná se encontram para uma reunião do Circuito Pecuário Sul, antecipada para começar na próxima sexta-feira, em Florianópolis, e encerrar no domingo. Santa Catarina não registra focos de aftosa há 11 anos. Em maio do ano passado, o Estado recebeu, juntamente com o Rio Grande do Sul, o reconhecimento internacional de área livre de vacinação, título concedido pelo próprio Ministério da Agricultura.