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Oposição vai insistir em CPI após depoimento de diretores da Gtech

Senador tucano acredita que novas acusações justificam abertura de investigação parlamentar

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, disse neste sábado, dia 13, que diante dos fatos novos envolvendo o caso Waldomiro Diniz vai insistir na abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o assunto. Nesta sexta, os diretores da empresa Gtech disseram, em depoimento Polícia Federal, que Diniz teria tentado intermediar um contrato entre da Gtech com a Caixa Econômica Federal.

A empresa fornece equipamentos para a Caixa operar loterias. Diniz teria indicado a participação de uma empresa de consultoria no negócio que cobraria pelo trabalho pelo menos R$ 6 milhões. Em primeiro lugar, Virgílio afirmou que a oposição deve atuar pela instalação da CPI dos Bingos, que tem as assinaturas necessárias, e, também a comissão proposta pelo senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) para investigar o caso Waldomiro Diniz.

– Com esses fatos novos, será que eles ainda acham que podem barrar CPI como manobras regimentais? – questionou Virgílio.

Ele disse que o depoimento dos diretores da Gtech à Polícia Federal mostra que a primeira denúncia contra Waldomiro Diniz - quando ele é flagrado pedindo propina ao empresário de loterias Carlos Cachoeira - não é um fato isolado.

– Estamos diante de um esquema de arrecadação de fundos de campanha. Waldomiro não tinha coturno para falar em R$ 20 milhões, e também não podem dizer mais que isso não é coisa do governo Lula. Ninguém acredita que Waldomiro era santo, virou desonesto em 2002 e tornou a ficar honesto em 2003. Com mais essa, o governo cai no descrédito. O governo está se desmanchando – disse Artur Virgílio.

O depoimento dos diretores da Gtech foi considerado explosivo por uma importante autoridade do governo. A ação de Waldomiro caracteriza, segundo esta autoridade, o crime de tentativa de extorsão e concussão, passível de pena de prisão. A empresa indicada por Diniz teria pedido inicialmente R$ 20 milhões para prestar a consultoria e depois teria reduzido para R$ 6 milhões. A empresa é de Rogério Buratti, que já foi secretário de governo da prefeitura de Ribeirão Preto, na gestão de Antonio Palocci, e teria sido demitido por envolvimento em casos de irregularidades.

– O depoimento é explosivo e vai render muito, vai ser uma semana cheia – disse a mesma fonte.

A orientação no governo, contudo, é mostrar que o caso está sendo devidamente investigado pela Polícia Federal.

As informações são do Globo Online.


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