O reforço da Marinha na operação de combate à entrada do vírus da aftosa em Santa Catarina vai auxiliar a vigilância de barcos, principalmente no Rio Uruguai, na divisa com o Rio Grande do Sul. O comandante do 2º Pelotão de Polícia Militar de Itapiranga, tenente Dirceu Egewarth, disse que existe o risco de que o contrabando de animais provenientes da Argentina não entre diretamente pela fronteira com Santa Catarina, mas dando a volta pelo Rio Grande do Sul. Egenwarth explica que na fronteira de Itapiranga com a Argentina é mais difícil o acesso do que ao Parque Nacional do Turvo, no Rio Grande do Sul. O capitão de fragatas e comandante da Delegacia da Capitania dos Portos de Laguna, Luís Fernando Magina, afirmou que sua equipe, com mais dois praças e um militar, vai fiscalizar a documentação e cargas de embarcações que estiverem no rio. Em caso de irregularidades os barcos serão encaminhados para os policiais e à Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrário de Santa Catarina (Cidasc). O Exército já está atuando na fiscalização das balsas de Itapiranga e Sede Capela, no mesmo município, a 20 quilômetros da fronteira. Vários caminhões com cargas, principalmente de aves, passam pelo local. Somente na balsa de Itapiranga passam cerca de 150 veículos por dia. Os militares verificam a documentação de origem e revistam os carros antes de liberarem a passagem.