| 20/04/2001 16h34min
Independente do teor do Plano de Demissão Incentivada (PDI) para os funcionários do Besc apresentado pelo Banco Central (BC) ao governo do Estado – documento que será analisado mais detalhadamente pela categoria no começo da semana que vem – o Sindicato dos Estabelecimentos Bancários de Florianópolis e Região (SEB) já se manifestou contrário a qualquer tipo de plano de demissão incentivada. – O sindicato tem se posicionado contra qualquer tipo de PDI, pois defendemos que o Besc deve permanecer como instituição pública. Nós entendemos que o PDI apresentado pelo Banco Central é só mais uma etapa do processo de privatização do banco – explicou o presidente do SEB, Rogério Soares Fernandes, lembrando que a posição do sindicato é endossada pelo Departamento Estadual dos Bancários da Central Única dos Trabalhadores (CUT), entidade que congrega nove sindicatos de bancários em Santa Catarina. O principal temor da categoria é que a privatização do banco determine o fechamento de um grande número de agências e postos de atendimento, principalmente nos pequenos municípios, onde o Besc é a único banco à disposição da população. Atualmente, o Besc é a única instituição bancária presente em todos os 293 municípios do Estado, contando com mais de 600 agências e postos de atendimento espalhados por Santa Catarina. As instituições bancárias privadas só atingem 35% dos municípios catarinenses. Fernandes explica que para tentar barrar o processo de venda do Besc, os bancários já conseguiram aprovar na Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa um projeto que prevê a realização de um plebiscito sobre a privatização do banco.
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