| 18/02/2004 13h28min
A cautela continuou a dar o tom dos negócios nesta quarta de expectativa no mercado financeiro. O dólar comercial fechou a manhã em alta de 0,61%, cotado a R$ 2,936 na compra e R$ 2,938 na venda. O C-Bond caía 0,06% no final da manhã e o risco-país avançava 2,03%, para 551 pontos-base.
A principal expectativa do dia no cenário econômico é com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que termina no final da tarde, com a divulgação da taxa básica de juros da economia para os próximos 30 dias. Os investidores não esperam surpresas da reunião, já que dão como praticamente certa a manutenção da taxa Selic nos atuais 16,50% ao ano.
O IPC-Fipe foi uma boa notícia nesta manhã, ao registrar desaceleração de 0,46% para 0,26% entre a primeira e a segunda quadrissemana de fevereiro. A redução da taxa reforça as apostas de que os juros poderão voltar a cair a partir de março. As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) chegaram a registrar baixa, mas sucumbiram ao mau humor dos mercados em geral. No final da manhã, o juro projetado para este mês estava em 16,18% ao ano, contra 16,16% do fechamento de terça.
Se no cenário econômico o mercado não espera surpresa, o cuidado é redobrado no que se refere ao cenário político. Os desdobramentos do caso envolvendo o ex-assessor do governo Waldomiro Diniz continuam na pauta de preocupações dos investidores. O receio é da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias contra Waldomiro Diniz. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Maurício Corrêa, sugeriu o afastamento do ministro José Dirceu do cargo, até que se apurem os fatos imputados a seu ex-assessor.
Com informações da Globo Online.
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