Técnicos do Ministério da Agricultura vão fazer auditorias no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná para verificar os procedimentos adotados no combate à aftosa. Com base nos dados recolhidos entre os dias 16 e 28 de abril será tomada uma decisão sobre uma possível volta da vacinação do rebanho contra a doença. A decisão foi anunciada pelo secretário de Defesa Agropecuária, Luiz Carlos de Oliveira. Entre os dias 7 e 10 de maio ocorrerão reuniões em Florianópolis com secretários de agricultura de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, delegados do Ministério e entidades para discutir a volta ou não da imunização do rebanho. A Organização Internacional de Epizootias (OIE) informou ao Ministério da Agricultura que não há precedente na imunização do rebanho sem a existência de focos de aftosa. A resposta foi dada a Oliveira em referência ao pedido do governo gaúcho para manter o Estado como zona livre da doença com vacinação. O secretário de Defesa Agropecuária enfatizou que mesmo havendo imunização, os animais serão sacrificados se surgirem focos de aftosa. Ele destacou ainda que a medicação do rebanho traria perdas principalmente para os pequenos produtores de suínos, que têm aumentado as exportações. Nesta quarta-feira, o governo gaúcho, a Comissão de Agricultura da Assembléia Legislativa e a federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) decidiram reiterar o pedido ao Ministério da Agricultura, para que este solicite à Organização Internacional de Epizootias (OIE) o retorno do Estado para a condição de zona livre de aftosa com vacinação. O pedido seria apresentado à OIE na próxima segunda-feira, em Paris, durante reunião do órgão. Também será solicitado ao ministério que o Paraná e Santa Catarina reconheçam a mesma situação para o Estado, uma vez que ambos pertencem ao Circuito Sul. Uma comissão técnica começa a redigir nesta quinta o documento a ser entregue à OIE. • Tire suas dúvidas sobre a doença