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Em protesto, crianças exigem educação no evento

Nesta segunda, dia 19, um grupo de centenas de crianças aproveitaram as luzes voltadas para o Fórum Social Mundial, em Mumbai, na Índia, para exigir educação. Essas crianças, de lugares pobres como a Colômbia, Filipinas, Nepal e Índia, se viram impossibilitadas de freqüentar as aulas por causa de guerras, tráfico de drogas ou falta de condições econômicas.

A escola do afegão Zekriya Khan, de 13 anos, é uma barraca onde ele se senta no chão e compartilha seus livros com outros 30 alunos. Sua rotina, no entanto, representa um progresso em relação há cinco anos, quando a situação conturbada do Afeganistão, então dirigido pelo regime Talibã, impedia Khan e outros milhares de estudantes de terem aulas.

– Agora, apesar de não ter uma escola adequada, estou feliz porque voltei a aprender. Quero ser engenheiro. Então, vou poder construir escolas no Afeganistão. Exigimos que nosso direito à educação seja protegido – afirmou Khan nesta segunda, durante o evento.

A educação infantil é um dos assuntos discutidos durante o Fórum, que acontece anualmente e serve como ponto de encontro para ativistas de todo o mundo. Brihiam Bedoya, uma colombiana de 12 anos, disse que muitos de seus amigos não conseguem frequentar as aulas porque têm que trabalhar em estacionamentos e restaurantes para ajudar suas famílias.

– Eles são pobres, trabalham durante muitas horas em condições difíceis e não conseguem estudar porque precisam ajudar a família – afirmou.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) diz que há 123 milhões de crianças no mundo impossibilitadas de exercer seu direito à educação. Na Índia, onde um quarto da população de mais de 1 bilhão de pessoas tem menos de 18 anos, muitas crianças não têm acesso a uma escola ou deixam a sala de aula para trabalhar.  As informações são da agência Reuters.

 
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