| 14/01/2004 21h29min
Na reta final das negociações sobre a reforma ministerial, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, reuniu-se nesta quarta, dia 14, com representantes dos partidos PP e PTB. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, esteve reunido com o núcleo do governo durante duas horas no Palácio do Planalto.
No encontro com o PP, que durou cerca de uma hora e meia e contou com a presença do presidente do PT, José Genoíno, Dirceu pediu ao presidente do partido, deputado Pedro Corrêa (PE), que sugerisse a pasta de interesse da legenda para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pudesse avaliar a indicação e bater o martelo. Segundo Corrêa, o convite para o encontro partiu do próprio ministro Dirceu, que comprometeu-se a definir, até quinta, dia 15, a participação do PP no primeiro escalão do governo.
No Congresso Nacional, o presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), disse que não está interessado em novas vagas na Esplanada dos Ministérios.
Segundo ele, durante
encontro também nesta quarta-feira, Dirceu se disse "aflito e preocupado'' por não ter condições, de imediato, para dar mais espaço para o partido.
Segundo Jefferson, o ministro prontificou-se a retomar as conversas sobre o assunto em abril, quando o governo faria uma reforma mais ampla por ter mais margem de manobra em função da desincompatibilização dos ministros que desejem disputar as eleições municipais.
Ainda à tarde, Lula esteve reunido com os ministros Antonio Palocci (Fazenda), Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica), Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), além do próprio Dirceu. A assessoria de imprensa do Planalto não divulgou o conteúdo da pauta do encontro, que deve ter tido a reforma ministerial como tema principal.
As conversas com o PMDB, segundo fontes do Congresso Nacional, estão praticamente concluídas. De acordo com a fonte, a pasta das Comunicações fica mesmo com o deputado Eunício Oliveira.
Até esta quinta, o
partido deverá comunicar à Presidência que aceita o Ministério da Previdência como segunda pasta, mas não há, por enquanto, titular definido.
Em viagem ao México nesta semana, o presidente disse a jornalistas que não tinha pressa em concluir a reforma ministerial, mas assessores ligados a Lula acreditam que ela deverá ser finalizada nos próximos dias. Segundo parlamentares, haverá um clima ruim se a reforma não ocorrer até o início da próxima semana, quando começa a convocação extraordinária no Congresso. A situação ficaria especialmente difícil para o PMDB, que iniciaria mais uma etapa dando apoio ao governo sem fazer parte do primeiro escalão.
Com informações da agência Reuters.
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