| 29/03/2001 16h
O vice-presidente da Associação Brasileira de Angus, Fábio Gomes, disse nesta quinta-feira que os problemas envolvendo a febre aftosa em nível mundial são puramente econômicos. Segundo ele, os países ricos conseguiram eliminar o vírus de seus rebanhos, e agora usam a doença como parâmetro para evitar a entrada de carne do Terceiro Mundo em seus mercados. – A aftosa está sendo tratada como um verdadeira epidemia de Aids, mas não oferece risco algum à saúde humana – ressaltou Gomes. De acordo com o pecuarista, não existem maneiras de se evitar a propagação do vírus através das fronteiras. O vírus da aftosa pode sobreviver por até 10 semanas em moscas domésticas, por exemplo, e se espalhar com a ajuda de pássaros e outros insetos, segundo Gomes. – A associação é favorável ao retorno da vacinação, pois estamos cercados pela doença e não podemos esperar que o pior aconteça – salientou o pecuarista. Gomes questionou ainda sobre quem iria indenizar os criadores de Angus no Estado em caso de contaminação e abate, já que, juntos, teriam um plantel avaliado em cerca de R$ 1 bilhão.
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