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No primeiro dia da missão brasileira ao Oriente Médio, o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, defendeu uma política ativa de inserção do Brasil no cenário internacional e criticou o resultado das viagens do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
– Acho que as viagens do Fernando Henrique projetaram mais o Fernando Henrique do que o Brasil – disse Marco Aurélio pouco antes da chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao aeroporto de Damasco.
O presidente Lula chegou na capital síria às 5h30min (horário de Brasília) desta quarta, dia 2, primeiro ponto da viagem por cinco países do Oriente Médio. Marco Aurélio sustentou que os resultados das missões do presidente Lula são tangíveis.
– Tivemos várias vitórias da diplomacia, como em Cancún – argumenta o assessor.
Tanto Marco Aurélio como o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmaram que a aproximação do Brasil de países que não têm afinidade com as políticas norte-americanas não deve atrapalhar a relação brasileira com os Estados Unidos. Além da Síria, o presidente brasileiro visitará o Líbano, a Líbia, os Emirados Árabes Unidos e o Egito.
– O Brasil não tem que ficar pedindo licença. O objetivo principal da visita (ao Oriente Médio) é de natureza econômica. Claro que outros assuntos podem entrar em questão, mas nunca para se contrapor a ninguém – afirmou Amorim, pouco antes da chegada de Lula ao Palácio do Povo, onde foi recebido pelo presidente sírio, Baschar al-Assad.
Marco Aurélio acrescentou que "vamos estar mais envolvidos (em questões internacionais) porque vamos estar no Conselho de Segurança e em segundo lugar porque o Brasil decidiu assumir a agenda global de forma mais ativa. Não vamos ficar esperando as coisas acontecerem".
Segundo ele, o próximo passo da agenda internacional de Lula é uma visita à Índia em janeiro e à China em maio. Na Síria, Lula vai assinar nesta quarta quatro acordos nas áreas cultural, de turismo, esporte e fitossanitária, para permitir o comércio regular de carnes e produtos agrícolas entre os dois países.
As informações são da agência Reuters.
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