| hmin
O delegado da Polícia Federal em Passo Fundo Mário Luiz Vieira foi apontado neste domingo, dia 9, como integrante de um esquema nacional de sonegação previdenciária pelo jornal Folha de S. Paulo. Conforme o jornal, o delegado estaria envolvido em uma fraude de R$ 6 milhões na Cooperativa Tritícola de Erechim Ltda (Cotrel). Vieira nega qualquer envolvimento com o fato e com uma quadrilha que atua em todo o país e está sendo investigada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.
Uma ramificação da quadrilha investigada pela Operação Anaconda, em São Paulo, teria atuado em Passo Fundo e Erechim. As investigações revelaram a existência de um grupo de juízes, advogados e policiais envolvidos em tráfico de influência, corrupção, facilitação de contrabando e venda de sentenças. No Estado, a organização criminosa estaria participando de um esquema de sonegação previdenciária, favorecendo a Cotrel. A quadrilha teria obtido inclusive notas frias para justificar pagamentos recebidos da cooperativa.
Mário Luiz Vieira declarou na noite de domingo que presidiu inquérito ainda não concluído sobre a fraude de cerca de R$ 6 milhões, na Cotrel. Conforme o delegado, a cooperativa teria sido vítima no esquema montado por uma quadrilha especializada, de São Paulo, que recebia os valores referentes ao recolhimento previdênciário sem repassá-los. O dinheiro estaria sendo desviado pelo grupo identificado no inquérito.
Vieira foi transferido de Passo Fundo para Porto Alegre há cerca de quatro meses, onde continua trabalhando normalmente. Conforme o superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, Robem Fockin, o delegado foi realocado por motivos pessoais. Fockin não confirmou a investigação no Estado. O atual delegado da Polícia Federal em Passo Fundo, Mauro Vinícius Soares de Moraes, disse que a corporação tem conhecimento de ações da quadrilha no Rio Grande do Sul, mas que as investigações são sigilosas.
© 2009 clicRBS.com.br ? Todos os direitos reservados.