O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional em visita ao Brasil Jorge Marquez-Ruarte afirmou nesta quinta, dia 30, considerar apropriado que as taxas de juros do país estejam em nível relativamente mais baixo, mas destacou a importância de se manter a prudência nas políticas monetária e fiscal.

– É claro que estamos entrando em um período de crescimento, mas é importante seguir com as políticas prudentes na área macroeconômica, tanto fiscal quanto monetária – afirmou Jorge Marquez-Ruarte a repórteres ao chegar nesta manhã ao Ministério da Fazenda.

Ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgada também nesta quinta revelou que a diretoria do BC vê espaço para novas quedas de juros no futuro, apesar de também estar alerta à necessidade de monitorar a retomada da atividade para evitar pressões inflacionárias. Na última semana, o Copom reduziu os juros em um ponto percentual, para 19% ao ano. Desde junho, a Selic já foi reduzida em 7,5 pontos percentuais.

Marquez-Ruarte está no Brasil chefiando a quinta e última revisão do atual acordo do país com o Fundo que se encerra em dezembro. Nos encontros com o governo brasileiro também foram iniciadas as conversações sobre a negociação de um possível novo acordo.

Questionado sobre comentários feitos na quarta, dia 29, pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, de que um eventual novo acordo representaria uma parceria para o crescimento, e não uma ajuda para o país superar uma crise, Marquez-Ruarte afirmou que "os programas do FMI são sempre parcerias para o crescimento''. Na tarde desta quinta, a missão do FMI vai reunir-se com Meirelles na sede do Banco Central.

Com informações da agência Reuters.