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O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Otaviano Canuto, disse nesta quarta, dia 29, em Brasília, que um eventual acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) seria, simplesmente, com o objetivo de reduzir a pressão até o período "pós-Fundo".
– A possibilidade de assinar um novo acordo decorre apenas daquilo que foi sinalizado pelos mercados e por nós
Segundo o secretário, o governo vem trabalhando gradualmente com o objetivo de manter um “colchão” (reservas internacionais) para o caso de uma turbulência no mercado financeiro no ano que vem. A principal preocupação seria, a rigor, sobre o desequilíbrio entre as principais economias dos países desenvolvidos. De acordo com Otaviano Canuto, estes problemas, porém, estão sendo reduzidos a cada dia que passa.
Ele não quis confirmar quanto poderia ser liberado pelo Fundo num eventual acordo, mas, de acordo com um outro secretário, o do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, um novo acordo não chegaria a US$ 20 bilhões.
– Não precisamos de uma coisa tão estratosférica, desse tamanho – disse Levy.
Ele afirmou que, nas conversas com o Fundo, o volume de recursos ainda não foi mencionado, mas que o país tem um bom nível de reservas internacionais que dispensa um valor elevado. Levy lembrou que a participação dos empréstimos do FMI nas reservas brasileiras é próxima de US$ 30 bilhões.
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