| 01/03/2001 19h41min
Um plano conjunto de vigilância sanitária animal para os três Estados do Sul será proposto pelo Ministro da Agricultura, na próxima quarta-feira, em Porto Alegre. No mesmo dia, na Federação da Agricultura (Farsul), os produtores vão reivindicar ao ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, a adoção de medidas de controle mais rígidas na fronteira com a Argentina, para evitar a contaminação por febre aftosa no rebanho gaúcho. O encontro da Delegacia Federal da Agricultura, às 10h, terá a presença dos secretários de Agricultura do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, que vão definir um programa emergencial, incluindo o reforço dos postos de fiscalização na fronteira para evitar a entrada do vírus da aftosa no país. Está prevista ainda a criação de comitês municipais de defesa sanitária e o lançamento de uma campanha de conscientização sobre a prevenção da doença. Preocupados com os riscos de contaminação e a nova ameaça de embargo à carne brasileira " desta vez da Grã-Bretanha, sob a alegação de que precisa se precaver contra a febre aftosa ", os pecuaristas gaúchos cobram uma vigilância mais ostensiva na fronteira. O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, disse que no encontro com Pratini, na quarta-feira à tarde, será proposto um controle em aeroportos, ônibus e veículos de passeio. Outra sugestão para garantir a sanidade do gado e a inserção da carne brasileira no mercado mundial será a retomada do projeto de rastreamento do rebanho nacional. Apresentada pelo próprio governo, em junho de 1998, a proposta não saiu do papel até hoje. Conforme Sperotto, as origens e todo o histórico dos animais dariam mais segurança aos importadores, o que evitaria riscos da suspensão dos negócios com o Brasil por suspeitas sanitárias.
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