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Com o argumento de que pretende evitar constrangimentos ao PT, o senador Paulo Paim confirmou nesta segunda, dia 20, que pode deixar o partido caso seja levado à comissão de ética por seu comportamento durante a votação da reforma da Previdência.
Segundo o senador, a iniciativa de deixar o partido, caso seja levado a julgamento pelos companheiros, tem como objetivo evitar o caminho seguido pela senadora Heloísa Helena (AL) e dos deputados João Fontes (SE), Babá (PA) e Luciana Genro, os rebeldes que atacam a proposta de reforma desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
– Voto a favor da reforma e destaco os pontos que defendo. Se isso for suficiente para ser encaminhado à comissão de ética, saio do partido porque não vou me submeter a esse constrangimento nem vou submeter o partido a isso – disse o senador.
Um dos parlamentares que descarta em voz alta a saída do senador é o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP):
– Não vejo nenhuma possibilidade de isso ocorrer. Seguramente haverá um acordo.
Questionado sobre o risco de o senador gaúcho desobedecer à orientação partidária na hora da votação, Mercadante disse acreditar que Paim não se comportará como os rebeldes da sigla.
– Também não vejo a possibilidade de ele votar contra.
Na semana passada, quando o PT fechou questão sobre o apoio à reforma da Previdência, o senador avisou que não poderia acompanhar o partido caso a questão da paridade (direito de inativos aos mesmos reajustes dos servidores da ativa, que no projeto de reforma é previsto apenas para os atuais aposentados ou em condições de se aposentar) e regras de transição não fossem incluídas na reforma.
Paim propõe que a paridade atinja também os servidores que estão hoje na ativa. Já nas regras de transição, o senador quer garantir que pessoas com longo tempo de contribuição para a Previdência não sejam obrigadas a trabalhar mais 10 anos para obter benefícios.
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