| 22/02/2001 13h11min
A determinação do governo federal de proibir a importação de carne com osso, boi em pé e sêmen de todas as províncias argentinas foi considerada insuficiente pelo governo gaúcho, que pede um controle mais rigoroso da fronteira. O secretário estadual da Agricultura, José Hermeto Hoffmann, pede a presença da Marinha na fronteira entre Uruguaiana e Paso de Los Libres para intensificar a fiscalização e garantir a segurança do rebanho gaúcho. Ele citou a ocasião em que foram detectados focos de aftosa no Paraguai, quando o Exército foi usado para auxiliar no controle sanitário da fronteira. O governo federal deve publicar nesta quinta-feira a decisão oficial. O motivo é a descoberta de novos focos de febre aftosa no país vizinho. A entrada no país de carne sem osso, cozida e maturada deve ser mantida. Na aduana de Uruguaiana, onde o trânsito de caminhões é normal, técnicos da Secretaria de Agricultura trabalham na desinfecção dos veículos que chegam do país vizinho. Em uma reunião na tarde desta quarta-feira no Ministério da Agricultura, representantes de pecuaristas gaúchos pedirão garantias ao governo para a manutenção da saúde do rebanho do Rio Grande do Sul. Alguns produtores chegaram a cogitar a retomada na vacinação contra a aftosa no Estado. Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luiz Carlos de Oliveira, não existem razões técnicas nem estratégicas para reiniciar a vacinação do rebanho. De acordo com a jornalista Ana Amélia Lemos, isso poderia fazer com que os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que integram o circuito agropecuário sul, perdessem a condição de zona livre de aftosa sem vacinação.
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