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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na noite desta quinta, dia 18, que poderá haver convocação extraordinária do Congresso Nacional em meados de janeiro para concluir a votação da reforma tributária.
Com isso, Lula sinalizou claramente que a mudança no sistema tributário poderá ser fatiada pelo Senado, que votaria apenas os pontos considerados urgentes pelo governo. O assunto foi discutido durante reunião realizada nesta noite com os líderes da base aliada e com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu.
– O presidente entende que nós devemos votar tudo o que for possível até 31 de dezembro e avançar para o mês de janeiro até conseguir votar – disse o vice-líder do governo no Senado, Hélio Costa (PMDB-MG).
Segundo ele, o presidente Lula reconheceu no encontro a concordância entre os partidos da base e da oposição em fatiar a reforma tributária. A expectativa é que o Senado aprove até o fim do ano a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação das Receitas da União (DRU) até 2007. Também podem ser aprovadas a criação do fundo de compensação da desoneração das exportações e a partilha da arrecadação da Cide com estados e municípios.
Ao falar sobre a reforma previdenciária, Lula pediu aos líderes aliados "que se mexa o mínimo possível" no texto aprovado pela Câmara dos Deputados. O presidente admitiu a realização de alguns ajustes, mas fez um apelo para que a estrutura da reforma seja mantida.
Com informações da agência Reuters.
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