| 16/09/2003 11h32min
A relação entre o PFL e a base aliada está em situação delicada depois da obstrução do partido à votação das medidas provisórias que trancam a pauta na Câmara. O vice-líder do governo Professor Luizinho (PT-SP) revelou que não haverá mais acordo com a sigla.
– Ninguém quer mais fazer acordo com eles. Azedou tudo, ninguém quer mais acordo não – afirmou o vice-líder.
Segundo ele, a base aliada está muito arredia por conta da "postura irresponsável do PFL" de achar que pode parar o país.
– Eles pensam que têm o poder de definir a pauta da Câmara. Pensam que 44 deputados podem parar o Congresso Nacional. Isso é inaceitável – disse o parlamentar, sem disfarçar o pessimismo com relação a um acordo com o partido oposicionista.
O vice-líder pefelista, Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), afirmou, por sua vez, que o partido vai continuar obstruindo os trabalhos no plenário até que um acordo seja firmado com o governo. De acordo com parlamentar, todas as possibilidades de entendimento foram esgotadas.
– Se o governo aceitar a sugestão do partido, o PFL está disposto a retirar a obstrução – enfatizou.
O acordo proposto pelo PFL exclui das regras de transição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na origem os produtos incentivados dos Estados. A proposta que altera o artigo 90 preserva os benefícios fiscais concedidos pelos estados às empresas na forma atual.
O governo conseguiu aprovar apenas uma MP e, por isso, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e o presidente da Câmara, João Paulo Cunha, debatem uma solução para a apreciação dos destaques e emendas à reforma tributária.
A sessão extraordinária para votar as 12 emendas e seis destaques ao texto da reforma tributária ocorrerá ainda nesta terça, mas antes os parlamentares terão que votar a Medida Provisória 126 que trata do seguro de aviões em caso de terrorismo.
As informações são da Globo News.
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