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Para Powell, transição no Iraque falhará se for apressada

Secretário de Estado americano visitou Bagdá neste domingo

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Colin Powell, respondeu à pressão internacional para uma rápida transferência de poder no Iraque com a advertência de que apressar a transição pode provocar seu fracasso.

– A pior coisa que pode acontecer é acelerar demais esse processo, antes que as capacidades do governo e a base para sua legitimidade estejam estabelecidas, e vê-lo falhar – disse em entrevista coletiva durante visita a Bagdá neste domingo, dia 14.

Powell afirmou que o governo americano está tão ansioso quanto qualquer outro para retirar-se do país. Em Genebra, durante o fim de semana, as grandes potências internacionais continuaram divididas sobre o futuro político do Iraque. A França tem sido o principal crítico da abordagem dos EUA, dizendo que a soberania pode ser concedida no prazo de um mês.

– Não queremos ficar aqui um dia a mais (que o necessário). É caro. Nossos soldados gostariam de voltar para suas famílias. (Mas) ainda vai levar um tempo antes que um novo governo possa assumir toda a responsabilidade pela segurança – disse Powell.

Powell chegou a Bagdá cerca de uma hora depois que o 72º soldado norte-americano foi morto no Iraque desde que o presidente dos EUA, George W. Bush, declarou o fim dos combates em 1º de maio. Os comandantes norte-americanos atribuem a violência no Iraque aos partidários de Saddam Hussein, mas dizem que combatentes islâmicos estrangeiros estão entrando no país, principalmente da Síria e do Irã. Segundo Powell, a inteligência estima que o número de infiltradores varia entre várias centenas e 2 mil.

– Nós lidaremos com eles – prometeu o secretário de Estado norte-americano.

O secretário de Estado afirmou que as discussões em Genebra produziram "um resultado positivo até agora" e que as negociações devem continuar na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, na próxima segunda.

– A principal discussão ocorrerá entre Estados Unidos, Grã-Bretanha e França, com um pouco mais de trabalho a ser feito com nossos amigos russos e alemães – disse.

As informações são da agência Reuters.

 
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