| 10/02/2001 19h
A retaliação candanense confirmou o temor da agroindústria catarinense: o preço do suíno vivo para o produtor saiu de R$ 1,20 para R$ 1,07 em uma semana. Os avicultores agora cogitam reduzir os abates para fugir do mesmo destino. O secretário da Agricultura, Odacir Zonta, explica que a carne bovina não exportada está competindo no mercado interno com os cortes de suínos e aves, dominados pelos catarinenses. O valor da arroba do boi caiu 2,5% no Estado, passando de R$ 40 para R$ 39. A carne de segunda já é encontrada nos açougues por preços menores. O presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), Paulo Tramontini, garante que o Canadá, ao retirar das prateleiras a carne bovina processada (extrato de carne e enlatados), também afetou outras áreas produtivas do país. O problema: os custos de produção do setor continuam os mesmos. – O valor da saca de milho teve uma queda recentemente, mas o animal que está sendo abatido agora foi tratado com o milho ainda caro – justifica Tramontini. O presidente da ACCS só não teme perder o mercado exportador da Europa, que está em alta. O presidente do Sindicato dos Criadores de Aves de SC (Sincravesc), Valdemar Vicente Kovaleski, confirma que a redução de abates será acionada caso a superoferta de carne bovina derrube mais os preços. O nível de redução dependerá da capacidade de absorção do produto pelo mercado. Kovaleski diz que uma alternativa seria vender o ovo como estratégia de controle de natalidade.
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