| 09/02/2001 21h50min
Depois de uma quinta-feira de manifestações duras, as autoridades brasileiras foram mais comedidas nesta sexta-feira ao falar sobre a crise comercial com o Canadá. E a ausência do Brasil na Cúpula das Américas, que reunirá os países do continente americano em abril, para negociar a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) em Quebec, no Canadá, não passou de ameaça. Dois ministros – Celso Lafer (Relações Exteriores) e Pedro Malan (Fazenda) – confirmaram que o Brasil enviará representantes ao encontro. Lafer disse que o não-comparecimento do Brasil seria "falta de consideração com os demais países". Para Lafer, as declarações do ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, de que a Alca estava "enterrada", foram feitas "no calor da hora". Entre ríspido e conciliador, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, afirmou nesta sexta, no Rio, que o embargo canadense à carne brasileira não suspenderá as negociações para a criação da Alca. Embora classificando de "desrespeitosa", "equivocada" e "inaceitável" a decisão do Canadá, Malan amenizou a declaração do ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, de que o embargo canadense "enterrou a Alca". Malan fez questão de frisar que não é intenção do governo adotar medidas semelhantes contra produtos exportados pelo Canadá. Ele informou que as medidas que o Brasil poderá tomar na Organização Mundial do Comércio (OMC) irão depender das proporções que tomará o incidente.
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