A Federação das Associações Municipais do Rio Grande do Sul (Famurs) divulgou que 95% das prefeituras gaúchas participaram nesta quinta, dia 4, de protesto contra a reforma tributária. A maior parte das prefeituras organizou atos públicos ou doações de sangue, mas algumas fizeram protestos direferente, como turnos de trabalho ininterruptos de 33 horas. Entre as 25 administrações municipais que não fizeram manifestações, estão Porto Alegre, Gravataí e Venâncio Aires. 

O presidente da entidade, Gilmar Sossela, considerou pequenos os avanços com a aprovação do texto da reforma tributária em primeiro turno, na Câmara dos Deputados. Sossela lembra que, enquanto a União abocanha 63% de toda a arrecadação de tributos do país, os Estados detém 24% e os Municípios, 13%. Segundo ele, os prefeitos não estão sendo ouvidos porque os governos federal e estadual não querem abrir mão da sua arrecadação.

Prefeitos de todo o Brasil desembarcam em Brasília na próxima quarta para tentar convencer os parlamentares a aprovar um destaque no texto da reforma tributária que amplia de 22,5% para 27,5% o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O fundo é formado pela arrecadação de Imposto de Renda e de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e repassado aos municípios de acordo com o número de habitantes.