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O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, fugiu nesta quinta, dia 4, das perguntas sobre o inquérito a respeito do suicídio do cientista David Kelly. Em uma entrevista coletiva, o premiê disse:
– Deixem que o juiz julgue o caso.
Blair garantiu que é o responsável pelos atos de seu governo, mas não informou se renunciará caso o inquérito termine com críticas a ele e nem esclareceu as informações contraditórias de suas declarações.
O juiz lorde Hutton, encarregado de conduzir as investigações, concluiu a primeira fase do inquérito nesta quinta e disse que qualquer testemunha poderia ser convocada novamente ou criticada em seu relatório final. Os depoimentos prestados ao longo do inquérito revelaram a inconsistência nas declarações de autoridades e ministros.
O cientista David Kelly, um especialista no arsenal iraquiano, matou-se depois de ter sido identificado pelo Ministério de Defesa como a fonte de uma reportagem
da rede BBC. A matéria trazia
acusações contra Blair, afirmando que o relatório sobre o poder de destruição das armas iraquianas havia sido inflado com a finalidade de justificar a guerra contra o país.
A morte de Kelly e o fato de nenhuma arma de destruição em massa ter sido encontrada no Iraque fizeram cair os índices de popularidade de Blair, colocando o governo na maior crise de sua história.
As informações são da agência Reuters.
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