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O ex-chefe dos inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) Hans Blix sentia que os Estados Unidos intimidavam-no para produzir relatórios que justificassem ação militar nos meses que precederam a guerra no Iraque. A declaração foi dada nesta sexta, dia 29, pelo chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei.
Em entrevista ao programa Hardtalk, da rede BBC, ele afirmou acreditar que o Iraque não havia tentado retomar seu programa clandestino de armas nucleares, como os EUA e a Grã-Bretanha acusam. Blix e ElBaradei chefiaram a caça às supostas armas de destruição no Iraque por quase quatro meses no fim do ano passado e começo deste.
Questionado sobre se o governo do presidente norte-americano, George W. Bush, havia tentado o intimidar para produzir documentos que apoiassem sua casa para a guerra, ElBaradei disse que não.
– Acho que provavelmente houve mais esforços para intimidar Hans Blix, porque havia preocupações maiores sobre (armas) químicas e biológicas – explicou. – Hans se queixou bastante da campanha da mídia e de alguns dos esforços do governo (Bush) de colocar pressão sobre ele.
A administração Bush criticou fortemente Blix antes da guerra por ele se recusar a apoiar os argumentos norte-americanos e britânicos sobre os programas de armas iraquianos. Inspetores de armas da ONU nunca encontraram as armas proibidas que a Grã-Bretanha e os EUA acusaram o ex-presidente Saddam Hussein de ter. As forças dos dois países também não conseguiram achar tal arsenal no Iraque.
As informações são da agência Reuters.
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