O grupo militante Ansar al-Islam negou neste domingo, dia 24, ter sido responsável pelo ataque contra a sede das Nações Unidas em Bagdá, mas advertiu os Estados Unidos e a Grã-Bretanha que podem enfrentar novos ataques. Autoridades dos EUA disseram que o grupo é suspeito do ataque na semana passada com um caminhão-bomba que devastou um complexo da ONU e foi o pior dos 58 anos de história da organização. A explosão matou o enviado da ONU ao Iraque, o brasileiro Sergio Vieira de Mello, e outras 23 pessoas.

– Não foi o Ansar al-Islam...O Pentágono e a CIA estão errados –  disse o fundador curdo-iraquiano do grupo, o mulá Krekar, ao jornal italiano La Repubblica.

Autoridades do Pentágono dizem que o grupo também pode estar envolvido no ataque contra a Embaixada da Jordânia em Bagdá, no dia 7 de agosto, que matou 17 pessoas.

– Acho que foi uma operação nascida dentro do país e realizada por leais a Saddam Hussein – afirmou o mulá em Oslo, capital da Noruega, onde tem status de refugiado desde 1991.

Ele disse que a América está arriscada a sofrer mais ataques se não der espaço para o Islã. O mulá também afirmou que o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, deve temer atentados.

As informações são da agência Reuters.