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O presidente argentino, Néstor Kirchner, entrou em rota de colisão com seu vice, Daniel Scioli, a respeito das reformas políticas e econômicas que pretende fazer. A guerra de palavras começou quando Scioli criticou Kirchner por ter anulado a discordância envolvidos em crimes da ditadura (1976-1983) e por ter congelado as tarifas públicas.
Há três anos, uma discordância semelhante entre o então presidente Fernando de la Rúa e seu vice, Carlos Alvarez, foram o prenúncio da pior crise da história do país. Após a renúncia de Alvarez, em 2002, a Argentina mergulhou numa crise que resultou na renúncia do próprio De la Rúa, meses depois.
Kirchner chegou à Casa Rosada com apenas 22% dos votos, e para evitar o mesmo destino de De la Rúa, iniciou uma "limpeza" nos tribunais, nos quartéis e nas delegacias de polícia. As ações ajudaram o presidente a atingir uma aprovação superior a 70%, mas após um início de mandato com elevada popularidade, Kirchner parece estar entrando em uma fase mais delicada de seu governo.
Nesta terça, dia 19, numa demonstração de força, Kirchner demitiu um aliado de Scioli, Germán Perez, do cargo de secretário do Turismo. Para reitor da Universidade de Santa Cruz – a província de Kirchner – e conhecido do presidente há mais de 20 anos, Carlos Pérez Rasetti, Kirchner só não demitiu Scioli porque ele é vice-presidente.
Analistas dizem que Kirchner vem evitando decisões mais difíceis, especialmente na economia – uma opinião expressa também por Scioli em suas críticas. O FMI exige medidas econômicas duras para continuar ajudando a Argentina, como o aumento das tarifas públicas. Scioli, considerado um político mais pró-mercado que Kirchner, chegou a dizer que as tarifas iriam subir neste ano, mas foi desmentido pelo presidente.
Com informações da agência Reuters.
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