| 20/08/2003 07h50min
O secretário-geral da Nações Unidas, Kofi Annan, disse nesta quarta-feira, dia 20, que a equipe de funcionários da ONU vai permanecer no Iraque, apesar do atentado desta terça-feira contra o quartel-general da organização, em Bagdá.
– Vamos continuar nosso trabalho. Vamos persistir, temos um trabalho a fazer. Estou voltando a Nova York e vamos fazer uma avaliação abrangente sobre nosso esquema de segurança para verificar o que precisa ser feito. Não seremos intimidados – disse Annan em entrevista coletiva em Estocolmo.
Há 20 mortes confirmadas, mais de cem feridos e muitos corpos debaixo dos destroços. As equipes de resgate permanecem trabalhando no local. Ahmad Chalabi, que integra o novo Conselho de Governo Iraquiano, responsabilizou os partidários de Saddam Hussein pelo atentado.
No ataque, a ONU perdeu seu principal enviado no Iraque, Sérgio Vieira de Mello. O brasileiro morreu nesta terça-feira, vítima do mais violento atentado da história a atingir uma instalação da ONU.
O embaixador sobreviveu por sete horas nos escombros de seu gabinete, mas acabou não resistindo aos ferimentos. A morte dele provocou uma série de mensagens de condolência, vindas da ONU e de vários pontos do mundo.
O brasileiro concentrou sua carreira na defesa dos direitos humanos e era considerado um candidato em potencial ao cargo de secretário-geral da entidade.
Investigadores do FBI e peritos norte-americanos vasculham os destroços à procura de pistas sobre os autores do atentado. O presidente dos EUA, George W. Bush, prometeu caçar os responsáveis pela explosão e disse que não seria intimidado por ''terroristas e remanescentes de um regime brutal''.
Nos Estados Unidos, há uma forte pressão para que sejam feitas mudanças na política externa. Surgem sugestões para que o país envie mais soldados para o Iraque e convença a comunidade internacional a participar de forma mais intensa dos esforços de reconstrução do Iraque.
As informações são da agência Reuters.
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